Enviado pelo colaborador: Alan Miranda de Freitas – Blog | Email | Twitter
Não julguem o livro pela capa. Apesar da foto abaixo ser bonitinha, e eu diria até clássica, Koi Kaze está longe de ser mais um anime romântico; alguns diriam que ele é indigesto.
Indigesto? Como assim, Bial?
Sim, meus caros, indigesto. Mas até que eu chegue na parte indigesta da coisa, vou fazer uma apresentação superficial e deixar que vocês mesmo se surpreendam.
Koshiro é um cara normal, já passou dos vinte e poucos, ganha a vida trabalhando numa agência de encontros e mora com o pai. Ele está naquele suposto momento de nossas vidas em que buscamos um sentido maior para nossas existências, um fim para a solidão velada que está presente em sua alma. Nanoka é uma colegial, uma colegial como todas aquelas dos animes, meio boba, meio estúpida e absolutamente kawaii. Um belo dia, por acaso, esses dois se encontram, e, quando sozinhos, acontece uma coisa surpreendente: um fluxo de fortes sentimentos e intimidade percorre os dois, gerando um laço de afeto imediato. Nenhum dos dois sabia, mas já estavam apaixonados.
Tudo lindo e quase normal, certo? Se você esquecer a diferença de idade, é a mesma novela de sempre. Mas agora vem a parte interessante.
Koshiro mora com o pai, seus pais se separaram quando ele era muito novo, ele inclusive tem uma irmã que mora com a mãe. Nanoka mora com a mãe, seus pais se separaram quando ela era muito nova, ela inclusive tem um irmão que mora com o pai, irmão esse que ela não vê desde que ela era um bebê. Cool huh?
Incesto
Antes que alguém se revolte com a mistura crassa de incesto e pedofilia, eu preciso dizer que os personagens em questão quase fazem o mesmo, então não julguem, pelo menos não antes de assistir todos os 13 episódios.
O anime é fantástico, é corajoso e bem elaborado. Não é leviano, não tem putaria e em nenhum momento é grosseiro. A abordagem é delicada e sensível focando principalmente na confusão, ou deveria eu dizer negação, de sentimentos que envolve os protagonistas. A trilha sonora é muito calma e suave, quase que aveludada, funcionando como um eufemismo para o tema extremamente pesado.
Eu fiquei pertubado pelo anime. Em diversos momentos senti nojo e repulsa, em muitos outros fiz cara de “óun ki munitinho”, e, por diversos momentos, me peguei torcendo pelos dois e/ou com muita pena. Posso dizer que sofri bastante com essa história, e, que no final, além de chorar feito uma mocinha, o que muito me envergonha, revisei todos os meus conceitos sobre o assunto.
Anime absolutamente essencial para quem quer ter uma experiência forte narrada como uma canção de ninar.
Link para o original: http://www.eusouautista.com.br/koi-kaze
10 COMMENTS
PedroXD
10 anos agoQue Lixo Ein
Dekar
10 anos agoRealmente é uma história que incomoda. Você deseja que esse relacionamento nunca tivesse acontecido, mas já que aconteceu, quer que as coisas dêem certo para eles, mas sabe que é impossível que isso aconteça. É um relacionamento fadado ao fracasso, e saber disso enquanto assiste aquele final tocante, realmente é de dar muita dó. A analogia do carrossel no final inclusive eu achei simplesmente genial e tudo a ver com a relação que existe entre eles. Você fica dividido entre a raiva e a compreensão com o personagem Toushirou, pois se alguém era responsável por dar um fim nisso, era ele. Mas o coitado se apaixonou antes de saber que ela era sua irmã. Um anime muito triste e muito bonito
Alan
11 anos agoFico feliz com essa boa recepção. Tentarei contribuir mais vezes. ^^
Mari
11 anos agoNão sou muito fã de animes!
To para ver o famoso Street Fight (está todos os espisódios baixados aqui no pc), muito bem falado pelo meu namorado, que sabe da história de có.
J.D.
11 anos agoHm, Olá!
Bom, achei super interessante ver uma matéria dessas aqui no site. São raras as ocasiões em que se pode ver animes sendo divulgados fora do núcleo de fãs do gênero (ou seja, sites especializados e blogs voltados para isso, feitos por otakus/otomes). Achei, realmente, uma ótima iniciativa. Mais ainda por abortar um tema desses que, devo dizer, chega até a ser corriqueiro. Eu, como sou fã a vários anos, já tenho certa noção sobre esse tipo de assunto que é facilmente abordado por vários títulos – não só heteros, como também homossexuais.
Em todo o caso, meus parabéns pela matéria. A história está bem resumida, não dá muitos spoilers e é bem objetiva quanto aos assuntos. Eu só achei um pouco… Exagerado a forma que foi tratada a questão do incesto, mas entendo que é uma opinião pessoal e que, realmente, não é algo que deva ser levado como uma coisa corriqueira – mas que não deve ser dado alarde, também.
Ficaria extremamente feliz de ver mais matérias sobre animes/mangás presentes aqui no blog. Eu acho que é um mundo bastante amplo e que trata de assuntos diversos. É bem interessante para ajudar a formar opiniões sobre certas coisas. Só não irei baixar o citado, porque eu perdi um pouco de interesse no gênero shoujo, mas é uma belíssima recomendação. Parabéns por tudo!
marinairis
11 anos agoObrigada pelo comentário! Estou tentando diversificar e trazer para vocês novos conteúdos e com a ajuda dos colaboradores isso está começando a acontecer!
Vanessa
11 anos agoSalvei o link pra baixar quando eu terinar a monografia(oh, sina!)
Legal oh! oO
Legal e intrigante.
Mariana
11 anos agoFiquei curiosa e já to baixando. 🙂
Taty
11 anos agoOooie!
Tem um selinho pra vc lá no meu blog!!
Beijoos!
http://coisaspontocom.blogspot.com/2010/04/selinh…
marinairis
11 anos agoObrigada pelo selinho!
Vou lá pegar e guardar 😀